A Polícia Civil anunciou, na tarde de quinta-feira, 21, a prisão de três pessoas acusadas de atear fogo numa residência situada na vila Juca Menezes.
Pai e dois filhos acabaram sendo detidos pela Polícia Militar – que realizou operação em Tatuí (reportagem nesta edição) – com quatro armas, uma delas com queixa de furto do fórum “Alberto dos Santos”, no ano passado.
Segundo informou o delegado titular do município, José Alexandre Garcia Andreucci, os três eram suspeitos de terem ateado fogo em residência na rua Marechal Deodoro da Fonseca, 1.474.
O imóvel pegou fogo no dia 7 de março, conforme boletim de ocorrência. O incêndio foi controlado pelo Corpo de Bombeiros perto da 1h40.
De acordo com o titular, até então, as investigações apontavam que o incêndio seria criminoso, praticado por “pessoas desconhecidas”. Andreucci disse que o ato “expôs a vida dos moradores da casa e dos vizinhos”
No decorrer do inquérito policial, a equipe do delegado apurou que o crime teria sido praticado por quatro pessoas – uma delas ainda não detida –, por conta de desentendimentos. Uma “troca de casais” teria sido o motivo do incêndio.
Segundo Andreucci, a briga entre vítima e suspeitos começou quando Evandro Batista Apolinário (detido na quinta-feira em flagrante) convenceu a esposa de Isaque Miranda de Oliveira a abandonar o marido e os filhos e a morar com ele. Incomodado com a situação, Oliveira teria feito o mesmo com o irmão de Evandro.
De acordo com a PC, Oliveira teria proposto a Jussara Batista, esposa de Jair Batista Apolinário, que fosse morar com ele. A mulher teria abandonado a casa e os filhos e aceitado o convite. “Essa troca gerou divergências entre as famílias e desencadeou um conflito”, informou Andreucci.
No dia 7 deste mês, Jair, juntamente com o irmão e o pai, Jaime Sansão Batista Apolinário, o “Sansão”, teria ido à casa de Oliveira para atear fogo. Conforme as investigações, Mabile Cássia de Oliveira, considerada pivô da história, também teria participado do crime, classificado pela polícia como tentativa de homicídio.
Testemunhas contaram aos investigadores que teriam visto os quatro no local do crime. “A família que morava na residência (Oliveira e Jussara) já tinha tomado conhecimento das ameaças e decidiu abandonar o local”, falou o delegado.
Andreucci disse, também, que a família Apolinário e Mabile não sabiam que o casal tinha deixado a residência. Relatou, ainda, que testemunhas disseram à polícia que viram os quatro no local, com armas de fogo de grosso calibre.
Com base nas informações, o delegado solicitou a prisão temporária dos suspeitos. Andreucci também pediu mandado de busca e apreensão para a residência deles. Os pedidos acatados pela Justiça foram cumpridos por policiais militares.
No imóvel dos suspeitos, a PM localizou quatro armas, sendo um revólver 380 com numeração raspada e três com registro. Ao pesquisar as armas com numeração, Andreucci constatou que uma delas havia sido furtada do fórum. “O caso já está em procedimento policial e administrativo”, citou. Segundo o delegado, a Justiça tatuiana busca saber quem seria o autor do furto.
Duas armas teriam sumido do fórum no ano passado, durante cadastramento. Uma delas foi recuperada com os suspeitos, que aguardam transferência para cadeias da região. O pai e os dois filhos responderão por formação de quadrilha, prática de incêndio, porte ilegal de arma de fogo e receptação.
Além das armas, os militares apreenderam, na residência dos acusados, dinheiro (em quantia não informada) e pepitas douradas. As pedras, conforme a PC, poderiam ser utilizadas para prática de golpes de estelionato.
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