O comando e a corregedoria da Guarda Civil Municipal esperam notificação da Polícia Civil para apurar denúncia de suposto abuso de autoridade.
A denúncia foi apresentada por um estudante de 15 anos no dia 21 fevereiro. Ele esteve no plantão policial às 2h e elaborou boletim de ocorrência.
Segundo o BO, o estudante estava na praça Deocacir Oliveira da Silva, na vila São Cristóvão, quando teria sido abordado por guardas municipais.
Os agentes teriam começado a agredi-lo com socos na boca, nas costas, rosto e abdômen.
Além disso, os guardas teriam ameaçado o jovem, dizendo que o levariam a um canavial e iriam “dar-lhe um tiro na cara”.
O jovem também acusa os guardas de terem ficado com o celular dele, de marca Samsung. Depois de sofrer a agressão, o jovem teria procurado atendimento no pronto-socorro.
Procurado pela reportagem, o comandante da GCM, José Carlos Ferraz Fiuza, afirmou que o assunto seria investigado assim que a corporação recebesse a comunicação formal da ocorrência.
O comandante da GCM adiantou, ainda, que a corporação buscará identificar qual equipe estava patrulhando a região da vila São Cristovão naquela madrugada. “Na acusação do menor não há nenhum tipo de indicação sobre quais seriam os guardas que praticaram tais agressões”.
No entanto, Fiuza adiantou que umas das possibilidades que serão analisadas é a de que o caso do adolescente pode ter algum tipo de relação com uma prisão por drogas efetuada na mesma madrugada.
Uma hora antes, no mesmo local da suposta agressão ao jovem, guardas civis municipais prenderam Jean Carlos Barros Gonçalves. De acordo com o BO, ele estava com 19 porções de crack e sete invólucros com cocaína.
No flagrante, os guardas também apreenderam um frasco plástico, um telefone celular de marca Motorola e R$ 42.
Em depoimento, os autores do flagrante informaram que haviam recebido denúncia anônima. No local indicado, nas proximidades de um posto de saúde e de uma escola, eles teriam encontrado Gonçalves junto a um telefone público.
Segundo o BO, parte da droga estava no bolso do suspeito. O restante estaria escondido dentro do frasco, junto ao telefone.
Gonçalves teria confessado a propriedade da droga, reconhecendo que ela seria para venda.
Como o local é conhecido como ponto de tráfico de drogas e como o material apreendido estava pronto para venda, ele recebeu voz de prisão em flagrante e permaneceu detido.
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