sábado, 6 de abril de 2013

Lar Espaço Feliz comemora uma década




O mês de março marcou aniversário de dez anos do projeto “Lar Espaço Feliz”, mantida pelo Lar “Donato Flores”.
A iniciativa socioeducativa comemora, principalmente, o crescimento ao longo dos anos e a inclusão de mais de 150 meninas no mercado de trabalho, por meio do programa “Menor Aprendiz”, sua principal conquista.
Criado em 2003, o projeto teve início como forma de ampliar as atividades assistenciais do Lar “Donato Flores” – até então restritas ao alojamento de crianças desamparadas. Mesmo precária, a existência de uma estrutura física contribuiu para a implantação do Lar Espaço Feliz.
Os idealizadores do projeto foram o então presidente do Lar, Ubirajara Feltrin, a esposa dele, Ana Feltrin, e José Belaz, também ligado à direção da entidade. Inicialmente, foram admitidas 30 meninas, divididas em dois turnos de atividades, inversos ao horário escolar.
Desde o início, o projeto funciona exclusivamente com crianças, adolescentes e jovens do sexo feminino. Conforme Feltrin, que atualmente é o diretor socioeducativo do projeto, a decisão aconteceu depois de discussões que consideraram dois fatores.
“Os meninos já contavam com várias opções de atividades, como os campinhos de futebol e uma série de coisas que as meninas não tinham e acabavam ficando dentro de casa. Como o Lar se dedicou a meninas desde o início, achamos que deveríamos manter isso no projeto. Hoje, temos certeza que fomos pelo caminho correto”, afirma Feltrin.
Outro aspecto mantido durante os dez anos do projeto é a parceria com voluntários e colaboradores. Ana, que continua atuando como coordenadora-geral, destaca o apoio inicial que os idealizadores receberam das forças policiais, da Elektro e do jornal O Progresso, entre outros parceiros.
“Na época, era um sonho chegar ao ponto em que estamos hoje, atendendo 150 meninas. Gostaríamos de estar atendendo mil, mas não temos recursos financeiros nem espaço físico para isso. Mas o sonho ainda é grande, assim como era grande quando começamos aquele pequeno projeto”, comentou.
Atualmente, o Lar Espaço Feliz sobrevive com repasses de verbas da Prefeitura e do governo do Estado. No entanto, os recursos incluem a manutenção do abrigo infantil.
Desde 2006, o projeto é parceiro do Instituto HSBC Solidariedade, que colabora com fornecimento de lanches e uniformes, entre outros materiais.
A maior dificuldade, no entanto, está relacionada à área profissional. Segundo a coordenadora, os convênios não cobrem diretamente o salário de funcionários que atuam no projeto. Por outro lado, a legislação exige uma equipe mínima de profissionais.
“Mantemos esses contratos com receitas alternativas, mas, desde o início, dependemos muito dos voluntários, que têm colaborado conosco até hoje”, afirma Ana.
Conforme ela, uma das dificuldades iniciais foi fazer com que possíveis voluntários desvinculassem as ações do projeto e do lar infantil.
Como um dos objetivos iniciais era retirar crianças e adolescentes das ruas, foram procurados voluntários que pudessem ministrar atividades educacionais, principalmente voltadas à arte e ao esporte.
Dez pessoas se engajaram e passaram a ministrar oficinas de dança, judô, artesanato, coral, teatro e acompanhamento escolar nas áreas de português e matemática.
“Depois, a ideia foi crescendo, e nós fomos agregando novos componentes”, lembra Feltrin. Em 2008, o projeto chegou a ter 30 voluntários. Atualmente, são 15.   
                                                                                         Oprogressodetatui.com.br

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