sábado, 6 de abril de 2013

Amart Cultural encerra oficinas do ponto de cultura junto a instituição


A Amart Cultural encerrou a programação relativa às oficinas artísticas oferecidas por meio do projeto “Ponto de Cultura”. As duas últimas delas aconteceram no Cosc (Centro de Orientação e Serviços à Comunidade), no mês passado, com participação de Tiago Campos e Diego Sarzi, do estúdio Roda Pião.
As oficinas envolveram meninos e meninas que frequentam o “Terra Viva”, projeto de horta desenvolvido pelo conselho. As orientações ficaram a cargo de Campos e Sarzi, convidados por Raquel Fayad, presidente da Amart, para integrar a iniciativa.
Segundo Raquel, a ideia de realizar trabalhos de arte com os jovens surgiu a partir de “convivência”. A presidente da associação havia sido convidada a desenvolver projeto de pintura no muro da horta mantida pelos adolescentes.
Para a tarefa, ela chamou Campos e Sarzi. A intenção era incluir na pintura o grafite. “Durante nossas conversas, participando, vivenciando um pouco do que acontece dentro da horta, nós tivemos a ideia de levar as oficinas”, contou.
Segundo ela, a proposta envolveria também os artistas plásticos ligados à entidade. Com apoio deles, o grupo realizou as oficinas de “Sketchbook” e “Stop Motion”.
Na primeira, meninos e meninas criaram seus próprios cadernos de anotação. Para a confecção, utilizaram os materiais que desejaram. Entre eles, tecidos e papéis. “Cada criança pôde fazer do tamanho que quis”.
Com os cadernos prontos, os adolescentes puderam criar desenhos autorais. A orientação foi para que os jovens utilizassem o material para retratar o que fazem no projeto. “Eles passaram a ter onde fazer os desenhos referentes à horta”.
Na segunda oficina, Campos e Sarzi auxiliaram as crianças a criar filmes de curta duração. A técnica do “stop motion” consiste na criação de cenários e de personagens de cera, ou massa de modelar.
Cada cena é fotografada em vários “frames”, nos quais os personagens são movimentados manualmente. Isso cria a ilusão da movimentação, a partir do trabalho de codificação em computador. “Existem muitos curtas de animação feitos da mesma forma, e os alunos ficaram encantados”, comentou Raquel.
De acordo com ela, há a previsão de que as crianças possam atuar na pintura interna do muro da horta do Terra Viva. A ação deverá acontecer após a conclusão da fachada externa. “Nós ainda estamos fazendo. Não conseguimos completar por conta da chuva dos últimos dias”.
Para a parte de dentro do muro, as crianças devem ajudar Campos e Sarzi a desenvolverem grafite. O trabalho deve ser realizado a cada 30 ou 45 dias. “Os próprios alunos de lá terão seus espaços. Então, nós plantamos uma sementinha que, tenho certeza, vai dar muitos frutos”.
A presidente da Amart destacou a colaboração do presidente do Cosc, Juvenal Marques Rodrigues, da coordenadora, Sueli Souza Brizola, e da equipe da entidade na realização das oficinas. “Todos nos receberam superbem. Foram atrás dos materiais, deram apoio para tudo que fizemos”, encerrou.

Para gringo ver

Coordenando os projetos da Amart e o Museu Histórico “Paulo Setúbal”, Raquel Fayad participou, no fim do mês passado, da mostra internacional “Ars Visibilis – Mirada de Mujeres”, ou “Artes Visuais – Olhar das Mulheres”.
O evento aconteceu na Espanha, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Raquel teve obras expostas no Museu Arqueológico de Almeria, tendo sido selecionada no ano passado.
Segundo ela, a mostra internacional teve como objetivo colocar em evidência produções em artes visuais e em poema de mulheres de todo o mundo. Ele registrou atividades em várias partes da Espanha, em março.
Raquel participou da exposição e de várias oficinas realizadas em Almeria. “Foi um contato bem interessante com os artistas, porque todos estavam esperando todos”, disse. “Este processo é muito rico. Voltei com milhões de ideias. Acredito que esse intercâmbio é muito importante para todo artista”.
Dentre alguns dos planos da artista plástica, está a possibilidade de Tatuí receber expositores espanhóis. Raquel adiantou que houve interesse dos artistas daquele país em trazer mostras ao município. “Estamos conversando para ver no que vai dar. Esperamos poder receber pelo menos dois artistas”.
Em Almeria, Raquel expôs o “Conjunto Um”, composto por seis telas de 50 por 70 centímetros. Os trabalhos fazem parte da série “Nota-Célula”, com influências orientais, surgida de pesquisa iniciada pela artista desde 2009.
                                                                                       Oprogressodetatui.com.br

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