sábado, 23 de março de 2013

Novo prédio do Conservatório terá início em 2014




Antecipada por O Progresso em janeiro deste ano, a construção de nova sede do CDMCC (Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”) deverá ser iniciada no ano que vem. O prazo foi divulgado pelo secretário estadual da Cultura, Marcelo Mattos Araújo, em vista ao município.
A maior escola de música da América Latina terá, conforme confirmou à reportagem o representante do governo de São Paulo, um dos mais modernos prédios
O campus musical deve ser construído na mesma área que abriga o alojamento “João Eurico de Melo Toledo”, na rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), na altura do quilômetro 116,5.
Apesar de não definir um mês específico, Araújo adiantou que a previsão do Estado é de começar as obras em 2014, quando o Conservatório completa 60 anos.
“Ele é um dos equipamentos culturais mais destacados da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo”, comentou, em entrevista na quinta-feira, 21.
O secretário conversou com O Progresso após encontro que manteve com representantes da AACT (Associação dos Amigos do Conservatório de Tatuí), no período da tarde. Pela manhã, visitou espaços da cidade e encontrou-se com o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, com quem despachou.
Araújo lembrou que o CDMCC não foi criado “gratuitamente” em Tatuí. Destacou que isto aconteceu em função “da tradição musical que a cidade possui desde a fundação, em 1826”.
Também citou que o Estado reconhece que o Conservatório tem uma “importância absolutamente fundamental no panorama do cenário da formação musical no Brasil como um todo”.
Por essa razão, o governo aceitou discutir a construção de um campus para a escola de música. Araújo afirmou que a secretaria está, juntamente com um escritório de arquitetura de São Paulo (selecionado por edital), e a equipe técnica e diretoria da organização social responsável pela gestão do CDMCC, debruçada na conclusão do projeto arquitetônico para a nova sede.
“Esperamos que, no ano que vem, justamente celebrando esse aniversário de fundação do Conservatório, nós possamos dar início às obras dessa nova sede”, afirmou. O “grande objetivo” do Estado é oferecer melhores condições para professores e alunos “reconhecendo a importância” do CDMCC.
O projeto inicial está orçado em aproximadamente R$ 1 milhão. Segundo Araújo, o custo final da obra será definido após a finalização do projeto, que deve acontecer neste ano.
Ainda sobre o Conservatório, o secretário afirmou que o Estado analisa a possibilidade de conceder suplementação de verba para a AACT. A associação renovou contrato com o governo para administração da escola de música por valor menor que da primeira vez. Com isso, está enxugando custos.
“Nós temos uma preocupação, claro, muito grande com isso. Esse é o nosso grande objetivo, de manutenção da qualidade das atividades desenvolvidas pelo Conservatório”.
“Estamos analisando, junto com a direção e com a equipe técnica da OS (organização social – a AACT), alternativas, caminhos possíveis para que as atividades, todas, possam prosseguir”, citou o secretário.

PRÉDIOS TOMBADOS

Em Tatuí, Araújo visitou o Mercado Municipal, a Paróquia Santuário Nossa Senhora da Conceição e passou pela frente do conjunto das fábricas de tecelagens (São Martinho, Santa Adélia e Santa Isabel).
Apesar de não ter entrado nesses últimos prédios, o secretário destacou que eles podem ser recuperados por meio de programa específico mantido pelo governo do Estado.
Araújo afirmou que o Estado pode contribuir “até certos limites”. Segundo ele, o governo não pode, entretanto, realizar obras de restauração em prédios privados.
“Isso só é possível em prédios de propriedade pública e que também sejam tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)”, detalhou.
De acordo com ele, Tatuí – que tem prédios tombados, mas privados – poderia ser beneficiada com o ProAC (Programa de Ação Cultural).
“Ele é um dos nossos programas de estímulo e de fomento que pode ser utilizado pelos proprietários de prédios tombados para obtenção de verbas via isenção fiscal (ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, disse.
O secretário afirmou que, até o momento, não teve conhecimento de nenhum projeto apresentado por empresários tatuianos nesse sentido. “Entretanto, posso afirmar que esse é um caminho bastante possível”, concluiu.
                                                                                 Oprogressodetatui.com.br

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