sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Prioridade da GCM é troca de itens e ação para coibir menores no crime

A troca de itens de segurança, conhecidos também como EPIs (equipamentos de proteção individual), e ação para coibir a presença de menores nos crimes praticados em Tatuí. Essas são as duas prioridades da GCM (Guarda Civil Municipal) para os próximos meses.
Em balanço dos primeiros 30 dias à frente da corporação municipal, o segundo-tenente reformado da Polícia Militar José Carlos Ferraz Fiuza fez uma autoavaliação. Disse que a GCM está atuando positivamente e que deverá ganhar novos equipamentos nos próximos dias. Entre eles, coletes à prova de balas.
Fiuza reafirmou que a corporação “passa por sérios problemas de sucateamento de equipamentos”, conforme divulgado pela assessoria de comunicação da Prefeitura em janeiro deste ano. De acordo com ele, além dos coletes, radiocomunicadores e armamentos estão necessitando de manutenção e troca.
“Mesmo com todas as dificuldades que estamos enfrentando, dos equipamentos e de viaturas quebradas, aos poucos, estamos voltando à normalidade”, afirmou. Por essa razão, uma das prioridades seria reequipar a GCM.
Novos equipamentos devem chegar nos próximos dias. Segundo ele, há “um posicionamento do Executivo” para que a troca de coletes à prova de bala e dos demais itens aconteça o mais breve possível.
A corporação tem pressa por conta do prazo de autorização cedido pelo Exército. Conforme Fiuza, a validade do documento é de um ano. “Então, temos de acelerar a compra o mais rápido possível para não perdermos o prazo”.
O comandante explicou que a Prefeitura deve realizar, nos próximos dias, os procedimentos legais para as compras. Segundo ele, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, já iniciou conversas com empresas para agilizar o procedimento.
“Ele está em contato com a Rontan e outras que oferecem equipamentos para conseguir um valor bom e os equipamentos no prazo”.
Fiuza também destacou que a segunda prioridade da corporação é desenvolver ação com a finalidade de reduzir a presença de menores no crime organizado.
De acordo com ele, a maioria das ocorrências registradas em Tatuí pela GCM é de tráfico de drogas. Em quase todas, há presença de menores.
Por conta disso, o comandante adiantou que quer se reunir com outras autoridades para tentar mudar a realidade. “Estou pensando em fazer um encontro com o Conselho Tutelar, o MP (Ministério Público) e os juízes para tentarmos achar uma solução e adequarmos essa situação”, comentou.
“Vemos adolescentes e crianças envolvidos com o tráfico, e isso nos entristece. Eu sou tatuiano, cresci na cidade e, antigamente, não era tão escancarado como agora”, adicionou Fiuza. Segundo ele, a maioria das ocorrências de tráfico resulta na apreensão de um ou dois menores.
De acordo com o comandante, a situação é verificada em praticamente todas as regiões da cidade. A exceção seria nos bairros da zona rural (sendo quatro deles com base comunitária). Nesses, o tráfico é cometido por maiores de idade.
“No geral, os traficantes se aproveitam dos menores. Colocam-nos na frente, porque sabem que, em algumas vezes, até existe impunidade”.
“Temos de achar uma solução. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não garante uma serenidade na punição. Então, temos de estudar algo com os pais para fazer com que eles segurem os filhos em casa”.

Estudos e fizcalização

Ainda durante o balanço, o comandante da GCM afirmou que pretende discutir, nos próximos dias, com o responsável pelo Demutt (Departamento Municipal de Trânsito e Transportes), Paulo Sérgio da Silva, a continuidade do projeto “Caminhar”. Deverá tratar, com o mesmo responsável, sobre fiscalização de trânsito perto de escolas municipais e estaduais.
O “Caminhar” teve início com guardas civis municipais e consistia em palestras com exibições de vídeos educativos a respeito de atitudes seguras no trânsito. As orientações eram repassadas junto a estudantes de escolas municipais de ensino fundamental.
Com o tempo, o projeto estendeu-se para as unidades do ensino médio (estaduais e particulares). A partir daí, passou a ser realizado pela antiga Cemtran (Comissão Executiva Municipal de Trânsito).
Para o comandante, o trabalho com os alunos deve complementar as ações de fiscalização que a GCM está planejando para áreas próximas às escolas.
A intenção é evitar que haja estacionamento em fila dupla (por parte de pais, responsáveis e “vans”) de veículos nos horários de entrada e saída de alunos.
Desta maneira, a corporação entende que acidentes podem ser reduzidos. “Já estamos com várias escolas municipais e, também, algumas estaduais dando o devido apoio para evitar qualquer tipo de acidente ou atropelamento”.
Segundo o comandante, o estacionamento em fila dupla é a infração mais comum cometida por motoristas nas portas das escolas. Fiuza alertou para o fato de que, além de dificultar a circulação de veículos, a prática pode resultar em acidentes.
“As pessoas têm de se conscientizar, parar um quarteirão mais longe da escola e buscar os filhos a pé. Até porque se insistirem em fazer fila dupla, estão sujeitas à infração e podem ser punidas com multa”, concluiu o comandante.
                                                                                             oprogressodetatui.com.br

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