sábado, 9 de fevereiro de 2013

Operação da Polícia Civil desmantela depósito de diesel na Castello


A Polícia Civil de Tatuí participou da operação Pré-Carnaval decretada pela Delegacia Geral do Estado de São Paulo nesta semana. A ação aconteceu em todo o Estado e teve início à 0h de quarta-feira, 6, e encerramento às 12h do dia seguinte, quinta-feira, 7.
Em Tatuí, ela resultou em três flagrantes no período de 36 horas. Um deles considerado um dos mais importantes. Trata-se de descoberta de um depósito clandestino de combustíveis. O esquema teria participação de caminhoneiros que desviariam, principalmente, diesel e gasolina.
O fechamento do local ocorreu no período da tarde de quarta-feira. Conforme o delegado titular do município, José Alexandre Garcia Andreucci, criminosos utilizavam o terreno onde funciona uma lanchonete. O estabelecimento está situado no quilômetro 154 da rodovia Presidente Castello Branco (SP-280).
A lanchonete fica próxima à cidade de Quadra e estava fechada no momento em que os investigadores apareceram. De acordo com o titular, os policiais civis encontraram, na área da propriedade, uma cabana com camas improvisadas.
Segundo ele, o local seria utilizado por dois seguranças, que fugiram ao perceber a presença da PC. Andreucci comparou o esquema de desvio de combustíveis ao do narcotráfico da Colômbia.
“É o mesmo tipo de ação. Os traficantes ficam no mato, armados, para proteger a mercadoria. No caso do desvio de combustíveis, os ‘seguranças’ também ficavam escondidos”, afirmou.
No matagal do terreno, os investigadores encontraram mais de 50 galões de combustível, além de mangueiras usadas para transferir os combustíveis dos tanques dos caminhões.
Os policiais civis também apreenderam um tanque subterrâneo – do modelo de postos de combustíveis – que estava sendo instalado.
Uma parte do imóvel estava sendo escavada pelos criminosos para instalação do tanque. A intenção seria tornar o desvio de combustíveis imperceptível.
De acordo com a polícia, álcool, gasolina e diesel estariam sendo desviados pelos envolvidos no esquema criminoso. Os combustíveis eram estocados em galões e revendidos para pequenos consumidores ou postos de combustíveis.
Duas pessoas já foram identificadas pela PC. Entre elas, o proprietário do imóvel e o responsável pela lanchonete. Andreucci informou, ainda, que deverá encaminhar o expediente para a instauração do inquérito na delegacia de Quadra.
Segundo adiantou o delegado, o locador é reincidente. Ele estaria envolvido em outro caso de desvio de combustíveis e seria o proprietário de uma borracharia, a cinco quilômetros da lanchonete, onde a PC havia estourado outro depósito clandestino de combustíveis.
“Esse caso tem ligação com aquele outro. Ele, exclusivamente, não saiu da atividade delituosa. Alugou uma propriedade quase do lado, onde foi pego outra vez”, disse o delegado.
Ainda no dia 6, os policiais civis fecharam um suposto bingo clandestino. O local funcionava numa casa situada na rua Marechal Deodoro, no Jardim Rosa Garcia.
De acordo com Andreucci, na casa, os investigadores encontraram “toda a estrutura do maquinário utilizado em casas de bingo”. Houve apreensão de cadeiras, mesas e divisórias nas quais seriam instaladas máquinas caça-níqueis.
Nenhum equipamento de jogo de azar, porém, foi localizado em cumprimento de mandado de busca domiciliar. Apesar disso, Andreucci disse que indiciará os responsáveis (o dono do imóvel e a pessoa que o teria alugado) por contravenção penal.
Em diligências, a PC conseguiu apurar que o bingo clandestino funcionava no período da noite. O imóvel teria sido invadido pelos policiais no período da manhã, horário em que os equipamentos já haviam sido retirados pelos responsáveis.
A mulher que estaria comandando o bingo teria pagado três meses de aluguel adiantado. “Ela foi identificada pela PC, que encaminhará o expediente ao Juizado Especial Criminal”, disse Andreucci.
O processo deverá ser movido pela Justiça independentemente se houve apreensão ou não de caça-níqueis.
Conforme o delegado, os mobiliários e as provas testemunhais reforçam a denúncia de que o local era mesmo utilizado para práticas de jogos de azar.
A polícia descarta a hipótese de a casa ter sido locada para montagem de “lan house”, porque não havia solicitação de alvará. “A área também não é comercial. Era, sem dúvida nenhuma, para alguma atividade clandestina”, comentou.
De acordo com o delegado, os responsáveis estão mudando a maneira de agir. Segundo ele, na maioria das vezes, eles locam vários imóveis e transferem os equipamentos para cada um deles somente no período da noite. “Algumas testemunhas nos confirmaram essa informação”.
Andreucci também elaborou, na quinta-feira, 7, flagrante de tráfico de drogas. A equipe dele prendeu Samuel Martins – de idade não divulgada -, mais conhecido como “Corvo”, com dois tijolos de maconha e várias cápsulas de cocaína.
                                                                                       oprogresspdetatui.com.br

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