Animação, música, coreografias e brincadeiras integraram as atividades promovidas pela Prefeitura por meio do “Carnaval Delivery”.
Realizada entre os dias 9 e 12, a iniciativa marcou a volta das festividades de Momo na periferia. Até o ano passado, a programação carnavalesca concentrou-se na rua 11 de Agosto e Praça da Matriz, no centro.
A tatuiana Patrícia Pires Valêncio aprovou a ideia. Ela participou de atividades no Parque Ayrton Senna da Silva, na vila Dr. Laurindo. “O evento é bem família, bem seguro”, comentou.
Patrícia levou a filha Lavínia Pires Valêncio, de 3 anos, para participar das brincadeiras. “Ela gosta de interagir com as outras crianças”, destacou.
Mãe e filha, praticamente, cruzaram a cidade para acompanhar as atrações oferecidas pelo projeto. Elas moram no Vale dos Lagos. “Aproveitei que meu irmão mora perto daqui e resolvi trazer minha menina para que pudesse aproveitar a festa”, comentou.
O Parque Ayrton Senna recebeu atividades na terça-feira “Gorda”, dia 12. Antes, o “Carnaval Delivery” passou pela vila Esperança, Jardim Santa Rita de Cássia e distrito de Americana.
Com programação especial, o projeto ofereceu atividades lúdicas (com brincadeiras e gincanas voltadas às crianças), aeróbica carnavalesca (com coreografias repassadas ao público) e execuções de músicas no estilo axé e das tradicionais marchinhas.
Fabíola Aparecido encantou-se com o formato “delivery” (que em inglês significa entrega). Moradora da vila Dr. Laurindo, ela compareceu ao evento acompanhada do marido, Anderson Pereira, e das filhas Manoela e Maria Fernanda, de cinco e um ano de idade, respectivamente. “Estamos gostando muito”, declarou.
A foliã elogiou a organização do evento e afirmou que a festividade deste ano estava diversificada. “O Carnaval está maravilhoso. Acho, apenas, que deveria haver mais escolas de samba”, completou ela, referindo-se à participação de duas convidadas, de outras cidades, e de duas miniescolas, de Tatuí.
Para Célia Godim, porém, o Carnaval tatuiano estava perfeito. Além de ir ao parque da vila Dr. Laurindo, ela acompanhou os desfiles de rua no domingo, 10, e na terça-feira, 12.
“Moro no Rosa Garcia, onde não teve evento, mas fiz questão de participar das atrações porque elas estão bem tranquilas, seguras. Estou achando bem organizado”, avaliou.
Para animar os foliões, o “Carnaval Delivery” contou com participação do palhaço Batatinha (Alexandre de Jesus Bossolan) e aeróbica carnavalesca.
“Na verdade, damos uma aula para o pessoal. A gente ensina, e o público acompanha as coreografias. É legal, mas também cansativo”, disse Nathalia de Lima Azevedo.
Nos quatro bairros percorridos, ela esteve em cima do trio elétrico para ensinar coreografias baseadas em axé e marchinhas. “Nós trouxemos passos de músicas mais novas, como arrocha e axé, para incentivar as crianças e os jovens, e as mais antigas, para que os adultos participassem”, destacou.
A “variação de estilos” agradou tanto que atraiu até mesmo Dalila Matias, de 84 anos, que fez questão de acompanhar o festejo.
“Ela está com Alzheimer há três anos, teve uma fratura de fêmur e de braço. Não lembra dos filhos, mas lembra de tudo do passado”, disse a filha dela, Miriam Cassimiro, que a levou até o Parque Ayrton Senna.
Miriam toma conta da mãe e afirmou que ela gosta muito de Carnaval. “Ela se diverte muito. Tanto que me disse que queria ver o corso passar”, comentou.
“O que minha mãe mais gosta é do Carnaval e de passear. Hoje (terça-feira, 12), ela está em casa, se divertindo muito e aproveitando”, concluiu a filha.
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