domingo, 10 de julho de 2011

Caged registra saldo negativo de empregos no mês de mai


Estatísticas do MTE apontam 164 vagas a menos na cidade

O desempenho do mercado de trabalho em Tatuí teve queda durante o mês de maio. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), revelam que o município teve saldo negativo de 164 empregos. Este é o primeiro mês de 2011 com saldo negativo na cidade. De acordo com o Caged, no ano, o saldo é positivo, com 223 vagas.
Em maio, o Caged registrou 1.172 admissões, sendo a maioria por reemprego (1.007) e primeiro emprego (151). Em compensação, foram 1.336 desligamentos: 701 sem justa causa, 21 por justa causa, 400 a pedido e 212 por término de contrato. O saldo negativo do mês (164) representa uma variação de menos 0,6% em relação aos 26.710 empregos formais contabilizados em janeiro de 2011.
Entre os empregos que mais tiveram desligamentos, estão: vendedor do comércio varejista (105), leiturista (82), magarefe (76), alimentador de linha de produção (71), salgador de alimentos (65) e montador de equipamentos eletrônicos (27). Já entre os mais contratados no mês, estão os de servente de obras (51), auxiliar de escritório (48), embalador (44) e ajudante de motorista (33).
O saldo negativo de maio apresentado pelo Caged, no entanto, mostra-se incompatível com os números do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), órgão estadual que atua em parceria com a Secretária Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social. Naquele mês, o PAT contabilizou saldo positivo de 110 vagas.
Este desencontro entre as estatísticas já havia ocorrido em abril, quando o PAT apontou a abertura de 1.660 novos postos de trabalho na cidade durante os quatro primeiros meses do ano. Deste total, 486 vagas teriam sido ocupadas no período. Por outro lado, o Caged informou que, no primeiro trimestre, Tatuí criou 202 novos empregos formais.
Por causa destas diferenças, a equipe do PAT iniciou investigação para averiguar as possíveis causas. Foi constatado que os dois órgãos utilizam mecanismos diferentes para contabilizar vagas criadas e fechadas: o Caged registra apenas as vagas criadas ou fechadas em cada cidade; já o PAT registra a movimentação dos empregados de Tatuí, que muitas vezes são encaminhados para empregos em outras cidades da região.
Desta forma, o tatuiano que conseguir emprego em uma cidade vizinha será contabilizado pelo PAT como um novo empregado de Tatuí. O Caged, por sua vez, contabiliza a vaga para a cidade de origem do emprego.
De acordo com o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, o vice-prefeito Luiz Antonio Voss Campos, há muitas empresas da região que procuram o PAT para contratar funcionários de Tatuí. “Na verdade, o que ocorre é que estamos exportando mão-de-obra para outras cidades da região”, observou Voss.
Para ilustrar a situação, o diretor da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, Rubens Arca, apresentou números relativos ao mês de junho, que demonstram 93 vagas captadas pelo PAT em outras cidades: 46 em Boituva, 26 em Tietê, 11 em Cerquilho, 7 em Pereiras e 3 em Cesário Lange. “Os números do Caged de junho em Boituva devem estar bons”, declarou o diretor.
Segundo os números do PAT, em junho, foram criadas 175 vagas (incluindo 93 fora da cidade). Já em relação a maio, quando transitaram 110 vagas no posto, Arca informa que ocorreu uma falha no registro de 40 novas vagas. Uma empresa teria enviado o relatório mensal ao PAT no último dia disponível e uma queda no sistema teria impedido que elas fossem computadas.
Mesmo assim, Voss salienta que as 110 vagas registradas em maio foram suficientes para que fosse alcançada a meta mensal de criação de empregos estipulada pela Sert (Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho) para Tatuí, fixada em 108 vagas.
“Do ponto de vista do PAT e da Secretaria do Trabalho, a situação do mercado de trabalho na cidade está excelente”, destacou Voss. De acordo com ele, o diferencial de Tatuí está na facilitação que é dada às empresas que pretendem se instalar na cidade ou que já se instalaram.
“A atenção que é dada está no simples fato de você cadastrar os candidatos. Os grupos de RH vêm das cidades vizinhas e encontram uma estrutura pronta, esperando por eles”, afirmou.

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